1. De uns tempos para cá, os portadores da doença (90% meninas, 10% meninos) têm chamado os comportamentos de pró-ana – no caso da anorexia – e pró-mia – no caso da bulemia – para identificá-lo com estilos de vida.
2. Naturalmente, essas pessoas – que, como a maior parte das que têm um problema sério, se recusam a admiti-lo – sofrem ataques daqueles que querem convencê-las de que estão agindo errado. Uma das defesas, que li em um blog pró-ana, feita a alguém que disse algo ofensivo a elas foi algo como: “Aposto que você é como todo mundo, que ri quando uma mulher gorda cai da cadeira ou não passa na roleta.
3. Eu li em um depoimento de uma portadora da doença, e que me pareceu estar muito certo, que a maior parte dessas pessoas sabe-se doente, embora não consiga admitir com convicção suficiente para buscar um tratamento. A questão está não no fato de que elas não queiram ajuda. Mas o mundo – e digo o mundo porque a coisa é ampla mesmo – não sabe a forma certa de se oferecer auxílio. Importante deixar claro, o auxílio existe. A forma de oferecer é que está errada.